Distúrbios Psíquicos menores em trabalhadores que atuam na Estratégia de Saúde da Família: revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.13102/semic.v0i21.2558Resumo
O Programa Saúde da Família (PSF) foi criado em 1994 pelo Ministério da Saúde. Atualmente chamado Estratégia Saúde da Família (ESF), esse modelo de reorganização da atenção básica à saúde no Brasil, configurando-se como porta de entrada ao Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 1997) As condições de trabalho em que as equipes estão inseridas variam, dentre outros fatores, incluem-se a situação político-administrativa e estrutural de cada município ou localidade, que determinam formas de contratação, infraestrutura, materiais, recursos humanos, dinâmica da assistência e condições políticas para desenvolvimento do trabalho, influenciando positiva ou negativamente no seu impacto, assim como na saúde dos trabalhadores.
Para Goldberg e Huxley (1993), a expressão Distúrbio Psíquico Menor (DPM) foi criada para designar sintomas de insônia, fadiga, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração e queixas somáticas que demonstram ruptura do funcionamento normal do indivíduo, mas não configuram categoria nosológica da 10a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), nem dos Manuais de Diagnósticos e Estatísticas (DSM) da Associação Psiquiátrica Americana. Entretanto constituem problema de saúde pública em função das demandas geradas aos serviços de saúde e do absenteísmo no trabalho (COUTINHO; ALMEIDA-FILHO; MARI, 1999).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2003), estima-se a ocorrência de 25% de DPM e 5 a 10% de transtornos mentais graves em indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, tendo como fatores de maior carga da doença: a pobreza, sexo, idade, doenças físicas, fatores familiares e ambientais (OMS, 2003)