A EDUCAÇÃO EM SAÚDE ATRAVÉS DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES: O PODER DO REINVENTAR-SE FRENTE AS POSSIBILIDADES

Autores

  • Ruthe Cecilia Lima da Silva Lima Lima da Silva Universidade Estadual de Feira de Santana
  • Larissa do Carmo Almeida Salomão Carmo Almeida Salomão Universidade Estadual de Feira de Santana
  • Alexsandra Costa Nascimento Costa Costa Nascimento Universidade Estadual de Feira de Santana
  • David Johnny Jesus da Silva Jesus Jesus da Silva Universidade Aberta à Terceira Idade
  • Ingridh Estefania Mancia de Gutierrez Mancia Mancia de Gutierrez Universidade Estadual de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.13102/jeuefs.v2i2.6099

Resumo

SILVA, R.C.L. da¹, SALOMÃO, L.C.A.¹, NASCIMENTO, A.C.², SILVA, D.J.J da², GUTIÉRREZ, I.E.M. de³

1-Discente Bacharelado em Enfermagem, Departamento de Saúde – UEFS. Bolsista PIBEX.

2-Discente Licenciatura em Educação Física, Departamento de Saúde – UEFS. Bolsista PIBEX.

3-Professora Orientadora, Departamento de Saúde – UEFS.

*Programa de Extensão Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI) (RESOLUÇÃO CONSEPE 13/1992)

 

Palavras chaves: Extensão. Isolamento social. Tecnologia digital. Idosos.

Introdução

A extensão universitária tem papel fundamental na sociedade, pois constrói, dissemina e discute o conhecimento produzido dentro da Universidade, para e com a comunidade externa à ela, ocorrendo melhoria na qualidade de vida dos cidadãos (DINIZ,2020; RODRIGUES,2013).  

Devido o distanciamento social, houve a necessidade da re(adaptação) da perspectiva de ensino-aprendizagem, do modo presencial para o digital, para que houvesse a continuidade das intervenções extensionistas de educação em saúde, e assim a divulgação sobre as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e o incentivo ao auto cuidado.

As PICS são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseado em conhecimentos tradicionais. Com o advento da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, atualmente é ofertada 29 procedimentos de PICS à população (BRASIL,2019). 

 

Material e métodos

Em contexto presencial, de julho a dezembro de 2019, os temas a serem tratados foram pré-definidos e socializados com os idosos cadastrados na oficina “Envelhecer Saudável através das PICS” da UATI, alvo do plano de trabalho “A adoção das Práticas Integrativas e Complementares para um envelhecer saudável”, tendo como objetivo principal a disseminação de conhecimento sobre as PICS, assim como suas vivências. Os encontros ocorriam uma vez por semana, com 30 idosas cadastradas, na UEFS. 

A partir do advento da pandemia pelo COVID 19, por se tratar de público de grupo de risco, as intervenções iniciaram-se de maneira virtual, através das mídias digitais, (whastapp e instagram), no qual foram compartilhados vídeos e cards com temáticas que também abordavam ações de enfrentamento na pandemia. Para isso foram utilizados os programas Canva e Powtoon.

Resultados e discussão

No período presencial foi realizado cerca de 8 encontros presenciais com uma média de 20 idosas em cada, no qual se dialogou sobre as PICS com a realização de dinâmicas para beneficiar a interação, além da participação de palestrantes, discentes da UEFS e colaboradores externos para a abordagem sobre a dança circular, fitoterapia, massagem, yoga e bioenergética e temáticas como o cuidado da saúde física e mental e a importância do auto cuidado. A maior parte dos encontros vivenciou-se a prática da dança circular assim trabalhando a movimentação corporal, memória e cognição das idosas. 

Através dos relatos das idosas pode-se observar os benefícios obtidos através da oficina, a valorização, o incentivo ao auto cuidado e a educação em saúde:

“Meu corpo se tornou mais leve depois da dança... aprendi até a fazer auto massagem”.

 “As práticas são importantes para a movimentação do corpo da cabeça aos pés, eu me desligo dos problemas lá de fora e me afasto deles”.

 “Depois da morte do meu marido entrei em um quadro depressivo e com a dança estou procurando uma forma de parar de tomar tantos remédios”.

O uso da massagem e da dança circular, traz inúmeros benefícios, como o relaxamento muscular, ativação da circulação sanguínea, fortalecimento dos músculos, alongamento das articulações, alívio das dores e estresse e melhora o sono (STEIDEL,2018).

No contexto remoto a ruptura total do contato e da rotina diária alterou suas vidas, o que poderia acarretar comprometimento da sua saúde física e mental. Nesse sentido a utilização das tecnologias digitais se mostrou como ferramenta para manter o contato entre o grupo, uma alternativa inovadora para dar continuidade das atividades com os idosos. No entanto algumas idosas possuíram dificuldades em relação ao acesso à internet, ao uso das ferramentas disponíveis nos smartphones e até mesmo o nível de letramento das idosas, dificultando o acesso ao conteúdo pelas mesmas.  Assim, as idosas interagiam mais quando vídeos e áudios eram produzidos, dessa forma as temáticas abordadas virtualmente foram dança circular, terapia comunitária, assim como orientações quanto aos cuidados com a COVID-19.  

Abordar a temática do envelhecer é ter a possibilidade de refletir as necessidades de transformações sociais, econômicas e políticas que visem a inclusão dos idosos nas esferas sociais, diminuindo assim os custos exorbitantes com doenças crônicas e incapacidades, mostrando a importância na prevenção de agravos e a importância do auto cuidar (SARAIVA, 2015).

Considerações finais

O contexto pandêmico oportunizou um novo olhar sobre a extensão universitária como também o poder de se reinventar e mostrar que se pode chegar até as pessoas através de ferramentas inovadoras através da tecnologia, favorecendo a comunicação e a transmissão de conhecimento, oportunizando assim, que os idosos possam passar por esse fase de maneira mais leve e prazerosa, através das atividades extensionistas. 

 

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Biografia do Autor

Ruthe Cecilia Lima da Silva Lima Lima da Silva, Universidade Estadual de Feira de Santana

Discente do Curso de Enfermagem UEFS, Departamento de Saúde, Área de Saúde, Bolsista do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade e Voluntária do Programa Terapias não Convencionais e Voçê

Larissa do Carmo Almeida Salomão Carmo Almeida Salomão, Universidade Estadual de Feira de Santana

Discente do Curso de Enfermagem UEFS, Departamento de Saúde, Área de Saúde, Bolsista do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade e Voluntária do Programa Terapias não Convencionais e Voçê

Alexsandra Costa Nascimento Costa Costa Nascimento, Universidade Estadual de Feira de Santana

Discente do Curso de Educação Física UEFS, Departamento de Saúde, Área de Saúde, Bolsista do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade e Voluntária do Programa Terapias não Convencionais e Voçê

David Johnny Jesus da Silva Jesus Jesus da Silva, Universidade Aberta à Terceira Idade

Discente do Curso de Educação Física UEFS, Departamento de Saúde, Área de Saúde, Bolsista do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade e Voluntário do Programa Terapias não Convencionais e Voçê

Ingridh Estefania Mancia de Gutierrez Mancia Mancia de Gutierrez, Universidade Estadual de Feira de Santana

Docente do curso de Fármacia UEFS, professora orientadora e Coordenadora do Programa Terapias não Convencionais e Você

Referências

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas Integrativas e Complementares (PICS): quais são e para que servem. 2019. Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares . Acessado em: 11 de outubro de 2020.

DINIZ, E. G. M et al. A extensão universitária frente ao isolamento social imposto pela COVID-19. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 9, p. 72999-73010,2020.

RODRIGUES, A. L. L et al. Contribuições da extensão universitária na sociedade. Cadernos de graduação - ciências humanas e sociais. V1, n.16, p.141-148,2013.

SARAIVA, M. A. et al. Histórias de cuidados entre idosos institucionalizados: as práticas integrativas como possibilidades terapêuticas. Rev. Enferm. UFSM- Jan/Mar 5(1): 131-140, 2015.

STEIDEL, S. K. K. Massagem relaxante na promoção da saúde do idoso. Rev. Uniplac 6 (1), 2018.

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Publicado

2021-11-19