E o modernismo chegou Pelo telefone?

Autores

  • Paulo Roberto Alves dos Santos Universidade Estadual de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.13102/lm.v15i1.10572

Resumo

A Semana de Arte Moderna de 1922 provocou  desdobramentos que foram marcantes para as atividades artísticas no Brasil, porque resultaram em transformações profundas que significaram a ruptura definitiva com certos ´padrões estéticos do século XIX. Por outro lado, sua organização contou com a participação ativa de membros da elite cafeeira paulista, ideologicamente identificada com teses racistas e com as práticas capitalistas de grupos sociais que haviam sustentado a monarquia. Para essas pessoas, a ideia de modernização se limitava àquilo que lhes permitia ostentar a riqueza acumulada e que dizia respeito à defesa de seus interesses econômicos e políticos a fim de assegurasse a preservação da ordem vigente e o aperfeiçoamento de práticas excludentes. Em contrapartida, no Rio de Janeiro, negros assumiam papel de destaque em uma forma de expressão artística que se consolidava rapidamente, a música, e em particular o samba, ao mesmo tempo que conquistavam espaços em dois setores que estavam entre os mais importantes avanços tecnológicos da época, a indústria fonográfica e a radiodifusão. O presente estudo se desenvolve a partir desse paralelismo com o objetivo de reivindicar o reconhecimento dos negros que se tornaram artistas por recorrerem a um meio de expressão praticamente criado por eles, de grande aceitação popular e que sob a perspectiva de abordagem proposta, se constitui em uma das faces do modernismo brasileiro. Para tanto, são destacados alguns momentos em que  o conceito de moderno  foi debatido no Brasil e toma-se por referência estudos de pesquisadores da história da música  popular brasileira, Ricardo Cravo Albin, Jairo Severiano e José Ramos Tinhorão, entre outros.

Palavras chave: samba e história;  cultura negra e história; samba e resistência.

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Publicado

2024-07-30

Como Citar

Alves dos Santos, P. R. (2024). E o modernismo chegou Pelo telefone?. Revista Légua E Meia, 15(1). https://doi.org/10.13102/lm.v15i1.10572