Tendência e Características da Sífilis Congênita e Materna no Rio de Janeiro: 2007-2017
Trend and Characteristics of Congenital and Maternal Syphilis in Rio de Janeiro: 2007-2017
DOI:
https://doi.org/10.13102/rscdauefs.v12i2.7733Palavras-chave:
Sífilis Congênita, Sífilis, Estudo de Série Temporal, Sistema de Informação de Agravos de NotificaçãoResumo
Objetivo: Descrever o perfil das notificações de sífilis congênita (SC) e sífilis gestacional (SG) e da análise temporal das taxas de incidência no banco de dados do SINAN, no período de 2007 a 2017 no Estado do Rio de Janeiro. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo utilizou informações do SC-SINAN e SG-SINAN. A análise temporal testou modelos de regressão polinomial utilizando a distribuição anual da taxa de incidência. Resultados: No SC-SINAN observa-se aumento progressivo nas notificações; 93,4% eram crianças ≤ 6 dias e taxa de letalidade foi 2,4%. Das mães dos casos de SC, 46,5% foram diagnosticadas com sífilis no pré-natal e apenas 11,8% dos parceiros trataram. No SG-SINAN, as notificações cresceram, principalmente em mulheres de 20 a 30 anos, com o diagnóstico cada vez mais precoce com o passar dos anos. Houve redução na transmissão vertical. A análise temporal da taxa de incidência revela uma tendência de crescimento tanto da SC quanto SG. Conclusão: Estes dados sugerem que o aumento na detecção da SG reduziu a expansão da SC, ainda que o aumento anual no número de casos demonstre que a sífilis não está controlada, portanto medidas que garantam a assistência pré-natal, o tratamento do parceiro sexual e o treinamento em saúde deveriam ser priorizados.
Downloads
Métricas
Referências
Cooper JM, Sánchez PJ. Congenital syphilis. Semin Perinatol 2018; 42(3):176-84.
Ministério da Saúde (BR). Boletim Epidemiológico Sífilis 2019. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde; 2019, Ano V(1).[acesso em Mar 18 2021]. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/boletim-epidemiologico-sifilis-2019/
The Lancet. Congenital syphilis in the USA. Lancet 2018; 392(10154):1168.
Slutsker JS, Hennessy RR, Schillinger JA. Factors Contributing to Congenital Syphilis Cases - New York City, 2010-2016. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2018; 67(39):1088-93.
Secretaria Estadual de Saúde (RJ). Boletim Epidemiológico Sífilis: Adquirida, Materna e Congênita - No 1/2018. Belo V, Senna F, Lemos K, Lemos E, editors. Rio de Janeiro: SES-RJ, Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental; 2018. [acesso em Mar 18 2021]. Disponível em: http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspxC=ZDn0IcaLuWs%3D
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância em saúde no Brasil 2003|2019: da criação da Secretaria de Vigilância em Saúde aos dias atuais. Bol Epidemiol [Internet] 2019; 50(n.esp.):1-154. [acesso em Mar 18 2021]. Disponível em: https://ameci.org.br/wp-content/uploads/2019/09/boletim-especial-21ago19-web.pdf
Domingues RMSM, Saraceni V, Hartz ZM de A, Leal M do C. Sífilis: evento sentinela da qualidade do pré-natal. Rev. Saúde Pública 2013; 47(1):147-57.
Secretaria Estadual de Saúde (RJ). Atualização do Plano Diretor de Regionalização 2012/2013 [Internet]. Rio de Janeiro: SES-RJ; 2012. [acesso em Mar 18 2021]. Disponível em: https://www.saude.rj.gov.br/comum/code/MostrarArquivo.php?C=MzA0OQ%2C%2C
Secretaria Estadual de Saúde (RJ). Planejamento Regional Integrado [Internet]. Rio de Janeiro: SES-RJ; 2020. [acesso
em Mar 18 2021]. Disponível em: https://www.saude.rj.gov.br/planejamento-em-saude/regioes-de-saude/planejamento-regional-integrado
Tomé EA, Latorre M do RD de O. Tendências da mortalidade infantil no Município de Guarulhos: análise do período de 1971 a 1998. Rev. Bras. Epidemiol. 2001; 4(3):153-67.
Souza BS de O, Rodrigues RM, Gomes RM de L. Análise epidemiológica de casos notificados de sífilis. Rev. Soc. Bras. Clín. Méd. 2018;.16(2):94-8.
Heringer AL dos S, Kawa H, Fonseca SC, Brignol SMS, Zarpellon LA, Reis AC. Inequalities in congenital syphilis trends in the city of Niterói, Brazil, 2007-2016. Rev Panam Salud Publica 2020;44.
Cavalcante PA de M, Pereira RB de L, Castro JGD. Sífilis gestacional e congênita em Palmas, Tocantins, 2007-2014. Epidemiol Serviços Saúde 2017; 26(2):255-64.
Lima VC, Mororó RM, Martins MA, Ribeiro SM, Linhares MSC. Perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita em um município de médio porte no nordeste brasileiro. J Heal Biol Sci 2017; 5(1):61.
Nunes PS, Zara AL de SA, Rocha DFN de C, Marinho TA, Mandacarú PMP, Turchi MD, et al. Sífilis gestacional e congênita e sua relação com a cobertura da Estratégia Saúde da Família, Goiás, 2007-2014: um estudo ecológico. Epidemiol. Serviços Saúde 2018; 27(4):e2018127.
Soares VL, Mesquita AMTS, Cavalcante FGT, Silva ZP, Hora V, Diedrich T, et al. Sexually transmitted infections in a female population in rural north-east Brazil: prevalence, morbidity and risk factors. Trop Med Int Heal 2003; 8(7):595-603.
Gräf DD, Mesenburg MA, Fassa AG. Risky sexual behavior and associated factors in undergraduate students in a city in Southern Brazil. Rev. Saúde Pública 2020; 54-41.
WHO. Eliminação mundial da sífilis congénita: fundamento lógico e estratégia para a acção. Genebra: World Health Organization; 2007. 48 p.
Stamm L V., Noda AA. Elimination of Mother-To-Child Transmission of Syphilis in the Americas - A Goal That Must Not Slip Away. Sex Transm Dis 2017; 44(1):12-3.
Hossain M, Broutet N, Hawkes S. The elimination of congenital syphilis: A comparison of the proposed world health organization action plan for the elimination of congenital syphilis with existing national maternal and congenital syphilis policies. Sexually Transmitted Diseases. Sex Transm Dis 2007; 34(7 Suppl):S22-30.
Corcho DV, Valle IR, Gutiérrez SB, Castillo RR, Ávila LJP, Berrio LA, et al. Response capacity and challenges of the Cuban health system against communicable diseases. Rev Panam Salud Publica 2018; 42-e30.
Espinosa MCS, Lauzurique ME, Alcázar VRH, Pacheco BLC, Lubián MDCM, Cala DC, et al. Maternal and child health care in Cuba: Achievements and challenges. Rev Panam Salud Publica 2018; 42:e27.
Vescovi JS, Schuelter-Trevisol F. Increase of incidence of congenital syphilis in Santa Catarina state between 2007-2017: temporal trend analysis. Rev Paul Pediatr. 2020; 38:e2018390.
Sousa CM de S, Mascarenhas MDM, Lima PVC, Rodrigues MTP. Incompletude do preenchimento das notificações compulsórias de violência - Brasil, 2011-2014. Cad. saúde coletiva 2020; 28(4):477-87.
Benito LAO, De Souza WN. Perfil epidemiológico da sífilis congênita no Brasil no período de 2008 a 2014. Univ Ciências da Saúde 2016; 27;14(2):97-104.
Lafetá KRG, Martelli Júnior H, Silveira MF, Paranaíba LMR. Sífilis materna e congênita, subnotificação e difícil controle. Rev Bras Epidemiol. 2016; 19(1):63–74.
Magalhães DM dos S, Kawaguchi IAL, Dias A, Calderon I de MP. Maternal and congenital syphilis: A persistent challenge. Cad. Saude Publica 2013;29(6):1109-20.
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Prevenção da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais (PCDT-TV) [Internet]. Brasília: MS; 2019. 272 p. [acesso em Abr 14 2021]. Disponível em: https:// bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_hiv_sifilis_hepatites.pdf
Araujo RS, Souza ASS de, Braga JU. Who was affected by the shortage of penicillin for syphilis in Rio de Janeiro, 2013-2017? Rev. Saude Publica 2020; 54:109.
Ministério da Saúde (BR). Indicadores e Dados Básicos da Sífilis nos Municípios Brasileiros [Internet]. Brasília: MS; 2021.[acesso em 14 Abr 2021]. Disponível em: http://indicadoressifilis.aids.gov.br/.