O artigo trata do debate travado entre Charles Taylor e Richard Rorty sobre a questão da relação entre moral e filosofia política. De modo mais específico, eu apresento o diagnóstico de Charles Taylor sobre os problemas do pensamento político contemporâneo e em seguida exploro as críticas de Richard Rorty a esse diagnóstico. No final, eu apresento a proposta rortyana sobre o tipo de abordagem que ele considera mais adequada para lidar com os impasses de ordem ética e política nas sociedades modernas. O confronto entre os dois autores oferece um interessante panorama da filosofia política contemporânea e a oportunidade de colocar uma questão que me parece central no debate metafilosófico e político contemporâneo: qual o papel da filosofia em relação ao espaço público?