RESISTÊNCIA E SUBJETIVIDADE NO ESTADO TOTALITÁRIO: UM OLHAR FOUCAULTIANO SOBRE ‘A VIDA DOS OUTROS’

Autores

  • Fábio Gomes de França

DOI:

https://doi.org/10.13102/ideac.v1i33.1285

Resumo

Para Foucault, a governamentalidade é um processo próprio da modernidade que está presente tanto nos Estados democráticos como nos totalitários, nos quais se disseminaram relações de poder que se estabelecem por condições estratégicas, técnicas governamentais e formas de dominação. Nesse sentido, buscamos mostrar neste paper como se estrutura a relação entre resistência e subjetividade enquanto lutas contrárias aos mecanismos de subjetivação-objetivação, elementos esses próprios da constituição do sujeito moderno pelo prisma foucaultiano. Para tanto, debruçamos nosso olhar sobre a película “A vida dos outros”, do diretor alemão Florian Henckel von Donnersmarck, a qual deslinda a realidade do regime socialista na antiga Alemanha Oriental. Por fim, refletimos que a ficção cinematográfica pode ser utilizada como instrumento metodológico para compreendermos, à luz das considerações propostas pelo pensador francês, o que está oculto exatamente por mostrar sua visibilidade, de modo que possamos, a partir da trama vivenciada pelas personagens, empreender caminho que nos leve à proposição do “cuidar de si para cuidar do outro” enquanto prática de resistência às artimanhas do poder.

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Publicado

2018-04-17

Edição

Seção

Dossiê