A NOVIDADE TOTALITÁRIA COMO EVENTO DE RUPTURA DOS DIREITOS HUMANOS EM HANNAH ARENDT

Autores

  • Ricardo Pietrowski Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.13102/ideac.v1i33.1291

Resumo

Para abordar o tema dos direitos humanos, e como o totalitarismo rompeu com algumas de suas fundamentações, as reflexões contidas nas obras de Hannah Arendt se fazem de suma importância para compreensão do fenômeno histórico. No primeiro momento, apoiado pela obra Origens do Totalitarismo, pretendo demonstrar como os Direitos Humanos, justificados e baseados nas declarações de 1776 e de 1789 que tornaram o homem como fonte de toda lei e por isso inalienável, se mostraram insuficientes frente ao fenômeno totalitário. Devido a essa insuficiência, deu-se o aparecimento dos apátridas e minorias desprovidos de uma nacionalidade, os “displaced persons” como Arendt define. Por fim, demonstro a partir de Arendt como os campos de concentração implantados no período totalitário foram fenômenos inéditos perante a comunidade política e filosófica e, essa maneira, tornaram-se cruciais para consolidação da ruptura dos direitos humanos. A novidade totalitária dos campos de concentração destruiu não só apenas a personalidade jurídica e moral do homem, mas também sua “espontaneidade”.

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Publicado

2018-04-17

Edição

Seção

Artigos