“Inércia circular” como falácia existencial

Autores

  • Julio Vasconcelos

DOI:

https://doi.org/10.13102/ideac.v1i30.1329

Resumo

Segundo alguns estudiosos das obras de Galileo Galilei (1564-1642), encontram-se nestas algumas pioneiras conceituações do que virá a ser a conhecida lei de inércia, formulada por Descartes e Newton em sua completude. Porém, para estes estudiosos, a inércia galileana é diferente da lei cartésio-newtoniana, na medida em que Galileo possui, segundo eles, um princípio de “inércia circular”, i.e., um entendimento de que somente os movimentos circulares poderiam se conservar na ausência de resistências. A finalidade do presente artigo é argumentar que estes estudiosos cometem, em suas análises das palavras de Galileo, o que se pode entender como uma variação da chamada falácia existencial, extraindo indevidamente de pronunciamentos sobre o mundo real um princípio que trata de um movimento de efetivação impossível, o movimento inercial. Outro objetivo que aqui se busca é o de apresentar ao leitor duas conceituações de Galileo envolvendo conservação de movimentos retilíneos, o que se pretende que constitua falsificações inequívocas da interpretação da “inércia circular”.

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Publicado

2018-04-18

Edição

Seção

Artigos