O trabalho em questão tem como objetivo apresentar, a partir de uma perspectiva histórica externalista, as contribuições do químico irlandês Robert Boyle para a ciência Química, fundamentalmente no cenário seiscentista. Para tal, defendemos o uso de uma abordagem sócio-histórica da Ciência, informada pelos seus determinantes sociais e filosóficos mais amplos. Desta forma, apresentamos o cenário político, econômico e epistemológico da transição do mundo feudal para o capitalismo, bem como destacamos a importância das teorias do conhecimento de Bacon e Descartes para o século XVII e como que estas, juntamente com a perspectiva religiosa protestante, contribuíram para a construção do pensamento químico empírico de Boyle.