DA ARTE DE VIVER COMO RESPOSTA À "VIDA" EM TEMPOS DE BIOPOLÍTICA

Autores

  • Marcos Nalli Universidade Estadual de Londrina

Resumo

RESUMO: pretendo analisar a aula de 25 de março de 1981, do Curso Subjetividade e verdade, na qual Foucault analisa as artes de viver, também chamadas pela expressão grega que lhe é equivalente, as téknai perì ton bíon. Meu intuito será interpretar tal análise com uma espécie de resposta ao desafio posto pela biopolítica, isto é, de uma política da (sobre a) vida. O resultado pretendido é mostrar a vida encarada como objeto de política pode ser considerada pela ótica de um viver, cuja forma pode ser artefatualmente implementada para além de sua condição biológica.

PALAVRAS-CHAVE: Foucault; Vida; Biopolítica; Técnica; Arte de viver.

 

ABSTRACT: I intend to analyze the class on March 25, 1981, of the Course Subjectivity and Truth, in which Foucault analyzes the arts of living, also called by the Greek expression that is equivalent to him, the téknai perì ton bíon. My intention will be to interpret this analysis as a kind of response to the challenge posed by biopolitics, that is, of a (about) life policy. The intended result is to show the life seen as an object of politics can be considered from the perspective of living, whose form can be artifactually implemented beyond its biological condition.

KEYWORDS: Foucault; Life; Biopolitics; Technique; Art of Living.

Downloads

Referências

AGAMBEN, Giorgio Homo sacer. I, Le pouvoir souverain et la vie nue. Paris : Seuil, 1997.

AGAMBEN, Giorgio. Meios sem fim: Notas sobre a política. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

BUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.

Esposito, R. Bíos: biopolitica e filosofia. Turin: Mimesis, 2004.

FOUCAULT, Michel. A Hermenêutica do sujeito. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

FOUCAULT, Michel. À propos de la généalogie de l’éthique: un aperçu du travail en cours. Dits et Écrits. Tome IV. Paris: Gallimard, 1994, p. 383-411.

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. Trad. De Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 1992

FOUCAULT, Michel. Il Faut Défendre la Société. Paris : Gallimard ; Seuil, 1997.

FOUCAULT, Michel. Subjetividade e verdade. Curso no Collège de France (1980-1981). São Paulo: Martins Fontes, 2016.

MAZORCA, OTTAVIO. “Biopolitique”. In: MAZORCCA, O. (coord.). Lexique de biopolitique: Les pouvoirs sur la vie. Toulouse: Érès, 2009. p. 43-50.

NALLI, Marcos. “A imanência normativa da vida (e da morte) na análise foucaultiana da biopolítica: uma resposta a Roberto Esposito”. O que nos faz pensar. V. 31, dezembro de 2011, p. 127-152.

NALLI, Marcos. “Biopolítica como biotécnica”. In: NALLI, Marcos; MANSANO, Sonia. (Org.). Michel Foucault: Desdobramentos. Belo Horizonte: Autêntica, 2016, p. 199-213.

NALLI, Marcos. “De que vida trata a Biopolítica? Considerações sobre a inversão foucaultiana da máxima aristotélica”. Revista de Filosofia Aurora, v. 31, 2019, p. 94-117.

NALLI, Marcos. “Uma liberdade que se governa”. Dorsal. Revista de Estudios Foucaultianos. (8) junho/2020. p. 73-92.

NASCIMENTO, Daniel A. Umbrais de Giorgio Agamben: Para onde nos conduz o homo sacer? São Paulo: LiberArs, 2014.

Downloads

Publicado

2021-12-14

Edição

Seção

Dossiê