VAMPYROTEUTHIS INFERNALIS

ENSAIO DE ZOONTOLOGIA ABISMAL

Autores

  • André Brayner de Farias Universidade de Caxias do Sul

DOI:

https://doi.org/10.13102/ideac.v1i46.8370

Resumo

Dificilmente podemos chegar a uma justa classificação para enquadrar a obra de Vilém Flusser. Do ponto de vista da filosofia ela soa muito literária; do ponto de vista da literatura ela deve parecer muito filosófica. De fato, precisamos encontrar um lugar entre a filosofia e a literatura para entender o procedimento ficcional deste ensaísta sui generis. Flusser sustenta a ideia de que toda forma de conhecimento é algum tipo de ficção, seja um ensaio filosófico, uma teoria científica ou um romance. Mas, se podemos reconhecer o estilo ficcional de Flusser em seus ensaios, é na obra Vampyroteuthis infernalis, escrita em parceria com Louis Bec, que a ficção filosófica de Flusser se realiza plenamente. Este ensaio pretende ser uma experimentação de filosofia ficcional, onde criamos uma categoria de análise, a zoontologia, cujo objetivo será o de levar adiante a provocação flusseriana sobre o que deve ser pensar a realidade: não descobrir verdades e falsidades, mas inventar saídas para nossos impasses e armadilhas intelectuais.

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Referências

PUF, 2013.

BERNARDO, Gustavo; FINGER, Anke; GULDIN, Rainer. (Orgs.). Vilém Flusser – uma introdução. São Paulo: Annablume, 2008.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs – capitalismo e esquizofrenia. Vol. 4. São Paulo: Ed. 34, 2008.

FARIAS, André Brayner (Org.). Vilém Flusser – filosofia do desenraizamento. Porto Alegre: Clarinete, 2015.

FLUSSER, Vilém; BEC, Louis. Vampyroteuthis infernalis. São Paulo: Annablume, 2011.

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Publicado

2022-12-08

Edição

Seção

Artigos