A FORMAÇÃO/PRODUÇÃO DA MERCADORIA FORÇA DE TRABALHO DOPROFESSOR: UMA ANÁLISE À LUZ DO MATERIALISMO HISTÓRICO
DOI:
https://doi.org/10.13102/ideac.v1i38.4301Resumo
O pressente estudo possui como objetivo a tentativa de desvelar como a força de trabalho do professor está inserida na lógica global do capital como mercadoria, em uma conjuntura na qual os cursos de formação de professores aumentaram, consideravelmente, suas matrículas, sobretudo os cursos de Educação a Distância (EaD) nas Instituições de Ensino Superior privadas. A mercadoria força de trabalho do professor está inserida na lógica do modo de produção capitalista e, portanto, na mesma lógica do valor. Assim sendo, quanto menor o tempo de produção da sua força de trabalho, menor será o seu valor e menor será o seu preço. Concernente aos procedimentos metodológicos, optou-se por um estudo de caráter bibliográfico na qual os pressupostos teórico-metodológicos do materialismo histórico serão referência matricial. Considerou-se que estando o professor desprovido dos meios de produção, necessita vender sua força de trabalho para manter-se vivo nessa sociabilidade hodierna, no contexto da expansão dos cursos de licenciatura e diminuição do tempo de produção da mercadoria força de trabalho do professor, com conseguinte diminuição dos salários.Downloads
Referências
ANDES. A contrarreforma da educação superior: uma análise do andes-sn das principais iniciativas do governo de Lula da Silva. Caderno ANDES - Grupo de Trabalho de Política Educação. Brasília-DF, Agosto de 2004.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº 02/2015, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, seção 1, n. 124, p. 8-12, 02 de julho de 2015.
________. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 dez. 1996.
COSTA, D. D. O PROUNI no contexto da expansão superior: dados preliminares sobre as condições do acesso decorrente do programa, no Brasil (2005-2010). Eixo 3 – Política e Gestão da Educação Superior. In: 26° Simpósio Brasileiro de Política e Administração da Educação. Recife, 2013.
COSTA, F. J. F. A natureza ontológica do pensamento de Marx. Revista Eletrônica Arma da Crítica. Ano 1, n. 1, jan. 2009
DINIZ-PEREIRA, J. E. A situação atual dos cursos de licenciatura no Brasil frente à hegemonia da educação mercantil e empresarial. Revista Eletrônica de Educação, v. 9, n. 3, p. 273-280, 2015.
G1. Prouni deve custar R$ 1,27 bilhões em 2016, maior valor desde sua criação. Disponível em: <http://g1.globo.com/educacao/noticia/2016/01/prouni-deve-custar-r-127-bilhao-em-2016-maior-valor-desde-sua-criacao.html>. Acesso em: 20 de novembro de 2017.
GARCIA, M. M. A.; ANADON, S. B. Reforma educacional, intensificação e autointensificação do trabalho docente. In: Educação & Sociedade: Revista de Ciência da Educação. Vol. 30, n. 106, jan/abr. 2009. Campinas: 2009.
GAZETA DO POVO. Renuncia fiscal do Prouni sobe 166%. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/renuncia-fiscal-ao-prouni-sobe-166-9dnzyql926zm6lm2f6gdu0cwe>. Acesso em: 20 de novembro de 2017.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Estatística dos professores no Brasil 2003. Brasília: O Instituto, 2003.
________. Censo da Educação Superior 2014 - Notas Estatísticas. Brasília: O Instituto, 2014.
________. Censo da Educação Superior 2014 - Notas Estatísticas. Brasília: O Instituto, 2016.
MARX, Karl. O capital: critica da economia política. Livro I. v. I. 28º ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
________. O capital: critica da economia política. Livro I. v. II. 4º ed. São Paulo: DIFEL, 1985.
MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto do partido comunista. São Paulo: Expressão popular, 2007
OLIVEIRA, D. A. A reestruturação do trabalho docente: precarização e flexibilização. Educação e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 89, set/dez 2004.