O ENIGMA ONTOLÓGICO DA MERCADORIA COMO PONTO DE PARTIDA D’O CAPITAL DE MARX
DOI:
https://doi.org/10.13102/ideac.v1i39.4526Resumo
Apesar de ser tido normalmente como um livro de economia, de teoria social ouaté mesmo de história, O Capital de Marx possui elementos de grande interesse filosófico. Se adotarmos esse último ponto de vista, torna-se inevitável uma abordagem do primeiro capítulo desta obra, na medida em que ele introduz uma tese curiosa, algo como um enigma ontológico: como algo pode existir de dois modos diferentes, concomitantes e relacionados entre si? Pois esse é o caso da mercadoria, analisada por Marx neste primeiro capítulo. Neste artigo, iremos
propor uma leitura deste capítulo com vistas a esclarecer este modo dúplice de existência da mercadoria. Esta tentativa de esclarecimento é a nosso ver relevante, tendo em vista que tal “qüiproquó ontológico” já suscitou inúmeras controvérsias e tal enigma é extremamente importante para a compreensão do resto da obra e da própria dinâmica capitalista, tal como pensada por Marx; não à toa, a explicação do modo de ser da forma-mercadoria se encontra logo no começo do Capital.
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