A QUESTÃO JUDAICA: A TRANSIÇÃO DO JOVEM MARX DA CRÍTICA FILOSÓFICA À CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA

Autores

  • Gianni Fresu UFU

DOI:

https://doi.org/10.13102/ideac.v1i39.4527

Resumo

O escrito sobre a questão judaica é de fundamental importância para entender a
formação intelectual do jovem Marx, no percurso que o levou da crítica filosófica à crítica da economia política. Nesse trabalho, ele levanta a necessidade de superar a formulação teológica da questão judaica para chegar ao coração da contradição que determina a alienação do homem na sociedade moderna. A capacidade de emancipação do judeu reside na relação do judaísmo com a emancipação do mundo de hoje, não com a simples emancipação do Estado da religião. Na Questão judaica, escrita no outono de 1843 e publicada nos “Anais franco-alemães” de fevereiro de 1844, Marx polemiza com Bauer, afirmando que a completa emancipação do homem não pode limitar-se apenas à emancipação política, mas precisaria atingir as relações sociais e produtivas. O mesmo acontece na Introdução à Crítica da filosofia do direito, também escrita para os Anais franco-alemãs no final de 1843 e publicado em fevereiro de 1844, onde
encontramos o definitivo abandono da simples crítica religioso-política e o encaminhar-se da crítica social marxiana. Na Questão judaica e na Introdução, Marx se emancipa completamente da influência de Bauer, portanto, na passagem de 1843 para o 1844, estas três etapas representam momentos essenciais na formação da visão filosófica do jovem Marx.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2019-09-29

Edição

Seção

Dossiê