ABJEÇÃO EM JULIA KRISTEVA: INTERLOCUÇÕES COM MARY DOUGLAS E JUDITH BUTLER

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Resumo

RESUMO: Neste estudo, discutimos o conceito de “abjeção” desenvolvido na obra Powers of Horror de Julia Kristeva em interlocução com os escritos de Mary Douglas e de Judith Butler. Para tanto, em primeiro lugar, apresentamos o conceito de “abjeção”, conforme desenvolvido por Kristeva na sua obra Powers of Horror. Em segundo, analisamos a forma como o conceito kristeviano de abjeção faz interlocução com os estudos em “poluição” de Mary Douglas. Por fim, analisamos as semelhanças e diferenças entre Julia Kristeva e Judith Butler, a partir da discussão das “pessoas poluidoras” como um exemplo de “abjeção social".

PALAVRAS-CHAVE: Julia Kristeva. Mary Douglas. Judith Butler. Abjeção.

 

ABSTRACT: In this article we seek to discuss the concept of “abjection”, as discussed in the work“Powers of Horror by Julia Kristeva, an author whose thought is still not widespread in Brazil, the reason why we discuss the relevance of the author for philosophical studies contemporaries, considering her dialogue with Mary Douglas and Judith Butler. In order to do so, first of all, we present the concept of "abjection", as developed by Kristeva in her work Powers of Horror. Second, we present the interlocution made with the English anthropologist Mary Douglas and her studies on pollution and dirt. Finally, we analyze the dialogues between Julia Kristeva and Judith Butler, based on the discussion of abjection under a social approach and the “polluting people”.

KEYWORDS: Julia Kristeva; Mary Douglas; Judith Butler; Abjection.

 

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Biografia do Autor

Manoel Rufino David de Oliveira, Universidade Federal do Pará

Doutorando em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Pará (UFPA), na linha de pesquisa "Dispositivos Normativos e Marginalizações Sociais". Mestre em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Pará (UFPA), na linha de pesquisa "Grupos vulneráveis e suas interfaces com a bioética e o biodireito". Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Professor substituto vinculado ao Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Professor universitário na Faculdade Faci Devry Belém e na Escola Superior Madre Celeste (ESMAC). Advogado com experiência prática na área de direitos humanos, direito das pessoas com deficiência, direito das mulheres e direito das pessoas LGBT.

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Publicado

2021-12-14

Edição

Seção

Artigos