A competição de gramática(s) em José de Alencar

Williane Silva Corôa; Paulo Ângelo de Araújo-Adriano

doi:10.13102/cl.v24i2.10120

Autores

Williane Silva Corôa UNEB
Paulo Ângelo de Araújo-Adriano USP

DOI:

https://doi.org/10.13102/cl.v24i2.10120

Palavras-chave:

Competição de gramática(s)., Gênero Textual, Gramática nuclear, Gramática periférica., Variação diagênica.

Resumo

Observando diferentes gêneros textuais escritos por diferentes autores, alguns trabalhos em diacronia vêm sugerindo que tal diferença influencia os resultados da pesquisa (cf. GALVES, 2018; BIAZOLLI; BERLINCK, 2021; ARAÚJO-ADRIANO; CORÔA, 2022). Neste estudo, abordamos a influência do gênero textual nos resultados diacrônicos, argumentando que diferentes gêneros textuais podem moldar a gramática utilizada pelos autores, refletindo diferenças entre a língua escrita e a língua falada, em um processo de Competição de Gramáticas (KROCH, 1989). O objetivo foi investigar a relação entre o gênero textual e a gramática internalizada de um mesmo autor. Para isso, foram analisadas a expressão do Tempo presente (forma analítica estar + gerúndio versus forma sintética) e a posição do clítico com o verbo em primeira posição (próclise versus ênclise) em dois textos de um mesmo autor, José de Alencar, um romance e um texto teatral, a fim de verificar se os gêneros influenciam o uso gramatical. Em suma, o estudo busca argumentos que apoiem a tese de que as formas linguísticas utilizadas pelos falantes ao longo do tempo são influenciadas pelos gêneros textuais, mostrando a existência de variação diagênica.

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