Variação fonético-fonológica na música popular nordestina

Autores

  • Gilvan da Costa Santana IFS/UFBA

DOI:

https://doi.org/10.13102/cl.v19i4Especial.2859

Resumo

Lançamos mão, neste estudo, de conceitos relevantes enfatizados pela Sociolinguística, relacionando-os a músicas do cancioneiro nordestino brasileiro, objetivando a construção de conhecimentos que se contraponham a preconceitos de ordem social e linguística, por reconhecimento de legitimidade das variações diatópicas. Esta abordagem visa fomentar o respeito à identidade sociolinguística. Para tanto, interessou-nos, precipuamente, verificar e analisar a presença de variação fonético-fonológica e figuras de dicção ou metaplasmos em textos clássicos do cancioneiro nacional-regional, tais como: Asa Branca, Assum Preto e Sussuarana. Nessa perspectiva, compositores de origem nordestina como Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira, Heckel Tavares, Luiz Peixoto, dentre tantos outros, legitimam a realidade diatópica e diastrática do Brasil por meio da canção popular, a despeito de todo e qualquer preconceito sociolinguístico ainda renitente. Salientamos, por fim, que, para consecução de tal intento, nossa pesquisa estabelece diálogo com as contribuições de Amadeu Amaral, Antenor Nascentes e, especificamente, Mário Marroquim.

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Biografia do Autor

Gilvan da Costa Santana, IFS/UFBA

Doutorado em Língua e Cultura/UFBA (em curso). Mestrado em Letras/UFS (bolsa capes) e Mestrado em Ciências da Educação/Lusófona-PT; Especialização em Língua Portuguesa e Especialização em Ciências da Educação; Graduação em Letras Vernáculas; Professor efetivo do Instituto Federal de Sergipe desde 1994; Atuação nas áreas de Letras e Educação, principalmente nos seguintes temas: Linguística Textual; AD; Ensino de Língua Portuguesa; Cultura e MPB. Membro dos grupos de pesquisa: Educação Profissional e Tecnológica e Políticas Públicas; Gestão Socioeducacional e Formação de Professor.

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Publicado

2018-03-07

Como Citar

Santana, G. da C. (2018). Variação fonético-fonológica na música popular nordestina. A Cor Das Letras, 19(4Especial), 64–78. https://doi.org/10.13102/cl.v19i4Especial.2859