Como estudantes do ensino médio acham que falam? Crenças sobre a palatalização de oclusivas e expressão da 1a pessoa do plural

Autores

  • Bruno Felipe Marques Pinheiro Universidade Federal de Sergipe
  • Lucas Santos Silva UFS
  • Paloma Batista Cardoso UFS

DOI:

https://doi.org/10.13102/cl.v19i4Especial.2866

Resumo

Todo processo de variação linguística sofre influência de fatores linguísticos e extralinguísticos. Além das atitudes e julgamentos sociais, atuam as crenças linguísticas. Controlando as variantes africadas /tʃ/ e /dʒ/ das oclusivas dentais /t/ e /d/ antecedidas pela vogal anterior alta [i], bem como a variação no uso de nós e a gente na função de sujeito da primeira pessoa do plural, este trabalho analisa as crenças que os estudantes da educação básica quanto a esses fenômenos. À luz da Sociolinguística Variacionista, na perspectiva da percepção e dos estudos sobre crenças linguísticas, constituímos um corpus com 18 entrevistas sociolinguísticas em duas escolas da rede pública de Aracaju/SE. Os resultados sugerem uma correlação entre uso, crença e julgamento das variáveis em questão, bem como a saliência na estrutura linguística e a consciência.

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Publicado

2018-03-07

Como Citar

Pinheiro, B. F. M., Silva, L. S., & Cardoso, P. B. (2018). Como estudantes do ensino médio acham que falam? Crenças sobre a palatalização de oclusivas e expressão da 1a pessoa do plural. A Cor Das Letras, 19(4Especial), 180–195. https://doi.org/10.13102/cl.v19i4Especial.2866

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