ANÁLISE DE UM ARGUMENTO ANTI-MOLINISTA

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DOI:

https://doi.org/10.13102/ideac.v1i50.11436

Resumo

Neste artigo pretendo analisar um argumento contra o molinismo desenvolvido por Perszyk (2003). De acordo com esse argumento, se partirmos da premissa de que não temos qualquer poder causal sobre os antecedentes dos verdadeiros contrafactuais de liberdade, pode-se concluir que não temos qualquer controlo causal sobre as ações livres especificadas nos consequentes dessas contrafactuais (e, dessa forma, não temos livre-arbítrio). Esse argumento anti-molinista é válido na medida em que o princípio de transferência (conhecido como “regra beta”) também for válido. Contudo, procuro mostrar que com uma devida reinterpretação dos operadores pode-se rejeitar esse argumento anti-molinista e, assim, não se pode criticar o molinismo nessa base.

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Publicado

2024-12-04