Nas trilhas da fraseologia a partir de dados orais de natureza linguística
DOI:
https://doi.org/10.13102/cl.v22iEsp..7477Palavras-chave:
Variação lexical, Projeto ALiBResumo
Este trabalho é um produto do Projeto VALEXTRA (Variação lexical: teorias, recursos e aplicações): do condicionamento lexical às construções pragmáticas, convênio CAPES/COFECUB 838/15, celebrado entre a Universidade Federal da Bahia e a Universidade Paris 13 (Laboratoire Lexiques, Dictionnaires, Informatique), e apresenta resultados de investigação sobre a Fraseologia com base nos dados do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB). Busca-se, a partir do material coletado na pesquisa, apresentar os fraseologismos nas entrevistas dos informantes, oriundos das capitais brasileiras, estratificados por sexo – homem e mulher – faixa etária – de 18 a 30 anos e de 50 a 65 anos – e nível de escolaridade – fundamental e universitário. A Fraseologia está sendo aqui concebida como o fenômeno da linguagem que se exprime através de associações sintagmáticas recorrentes (MEJRI, 1997). Parte-se do princípio de que as unidades fraseológicas são combinações de unidades léxicas, relativamente estáveis, com certo grau de idiomaticidade, formadas por duas ou mais palavras, que constituem a competência discursiva dos falantes, em língua materna, segunda ou estrangeira, utilizadas convencionalmente em contextos precisos, com objetivos específicos, como, por exemplo, as respostas que se obtém para a questão referente ao filho mais moço “Como se chama o nome do filho que nasceu por último ?” – fim de rama, ponta de rama, raspa de tacho. No que diz respeito aos fraseologismos analisados, podem-se fazer algumas considerações: as criações lexicais pesquisadas contemplam a polilexicalidade; as unidades fraseológicas refletem uma expressão cristalizada, cujo sentido geral não é literal. Assim, as designações enfocadas possibilitam a documentação da diversidade lexical do português falado no Brasil, seguindo os princípios da Geolinguística Pluridimensional.
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Referências
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